O mercado de combustíveis no Brasil
O mercado dos combustíveis no Brasil é regulamentado pela lei federal 9.478/97. Essa lei flexibilizou o mercado do setor de petróleo e gás natural, até então exercido apenas pela Petrobras. Assim, desde janeiro de 2002 as importações de gasolina foram liberadas e o preço da mesma passou a ser definido pelo próprio mercado.
Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram consumidos 136,210 bilhões de litros de combustível no ano de 2013.
No ano de 2013 ocorreu um aumento de 9,8% na venda de álcool hidratado, em relação a 2012, chegando a marca de 10,816 bilhões de litros vendidos, segundo dados da UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar). Para a ANP, esse grande número de vendas de etanol é reflexo no aumento do preço da gasolina, que já atinge a casa dos R$ 3,00 em grande parte do Brasil.
A venda de diesel cresceu 4,2%, comparando os anos de 2013 e 2012, atingindo a marca de 58,489 bilhões de litros vendidos. Com isso, o diesel representa 42,94% de todo o combustível vendido no Brasil. A grande demanda desse combustível, impulsionou a venda do biodiesel, que passou a ser acrescentado em maior quantidade ao diesel comum.
Mesmo com o aumento do preço, a gasolina C também cresceu muito. Em 2013, foram vendidos 41,365 bilhões de litros de gasolina C, 4,2% a mais do que no ano de 2012.
Para o ano de 2015, a ANP prevê um crescimento de 4 a 5 por cento em relação a 2014. Esse aumento acontece pois a frota de veículos no Brasil ainda é crescente.
A gasolina, hoje, abastece cerca de 60% dos veículos de passeio, e por isso é importante que o dono de um posto de combustível conheça como funciona o mercado desse produto.
A gasolina vendida em postos é a do tipo “C”, que é uma mistura de gasolina “A”(pura) e etanol anidro. A gasolina que é produzida nas refinarias é pura, e é revendida a distribuidoras. As distribuidoras compram a gasolina “A” e o etanol anidro e fazem a mistura, que atualmente pode conter de 18% a 27,5% de etanol anidro.
Atualmente 22% da extração de petróleo nacional é proveniente do pré-sal. A previsão é de que em 2018 o pré-sal corresponda a 52% da produção nacional. Ao abrir um posto de combustível, o empresário tem duas opções. A primeira é adotar uma bandeira de alguma distribuidora, e a segunda é não adotar nenhuma bandeira e se tornar um posto “bandeira branca”.
Ao adotar uma bandeira, o empresário deve levar em conta alguns aspectos, como a duração do contrato, a quantidade de subsídios que a distribuidora disponibilizará na construção do posto, além da qualidade e da flutuação do preço do combustível fornecido pela distribuidora.
Portanto, a tendência do segmento de postos de combustível é continuar crescendo, visto que a frota veicular também continuará crescendo.
*Fonte: Mundial Negócios e Sebrae